Na maioria das vezes em que se fala
sobre defesa da fé, vem à mente a luta pela verdade, a necessária
reflexão apologética. Porém, há uma outra defesa da fé que se faz
necessária, a sugerida por Tiago 2:18: “Mas alguém dirá: Tu tens fé, e
eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras,
te mostrarei a minha fé”.
A fé pessoal tem de ser defendida como
uma fé real, e, segundo o irmão de Jesus de Nazaré, o que demonstra a
realidade da fé pessoal é o tipo de obras que ela provoca como estilo de
vida. E, lembremo-nos, autor está falando de prestar serviço ao outro:
“Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do
alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz,
aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o
corpo, qual é o proveito disso?” (2.15,16).
A ação social, portanto, é uma
demonstração natural da fé, daí é de se esperar que todo cristão a
esteja praticando, ou seja, esteja deixando claro que tem fé. Ter fé é
ter as convicções que o Espírito coloca em nossos corações, as quais nos
comunicam que ser gente é ser como Jesus de Nazaré, que, segundo Pedro:
“… andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos
do diabo, porque Deus era com ele.” (At 10.38)
Cristo viveu entre nós como exemplo de
como deve viver um súdito de seu reino, logo, fazer o bem é o
comportamento natural de quem está integrado ao Reino de Deus; até
porque este é caracterizado pela justiça, pelo resgate do oprimido, por
uma nova sociedade marcada pela solidariedade e pela fraternidade.
Portanto, não é mera questão de fazer o
bem, é a prática de uma visão de mundo, de uma filosofia de vida marcada
pelo compromisso com a igualdade entre os seres humanos, pela
consciência da dignidade intrínseca ao ser humano, pelo conhecimento do
propósito de Deus, qual seja, o de recuperar a noção de humanidade.
A Igreja existe, também, nessa
perspectiva, um dos braços da Igreja, no cumprimento da grande comissão,
é a prática das obras do Reino, resgatando vidas e praticando a
justiça. Nosso foco é o “despossuído”, e a criança é quem mais sofre
dessa realidade, devemos fazer tudo para a resgatar, uma vez que a
criança é a principal vítima do processo de injustiça, que o sistema
rebelde a Cristo semeia na sociedade humana.
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Fonte: Pavablog. Divulgação: Púlpito Cristão.
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